domingo, 3 de junho de 2012

Gastar muito ou gastar bem...

Recebi algumas informações sobre os gastos da prefeitura de Frutal com saúde em 2011. A conta é a seguinte:

Despesas hospitalares -                        10.502.546,80
Despesas com Atenção Básica (AB) -      5.476.444,50
Despesas com administração -                2.396.599,05
Despesas com as vigilâncias -                 1.024.735,84
(sanitária e epidemiológica)
Outros -                                                    629.914,48
                                                           ____________
TOTAL                                                18.758.131,75

Na média, Frutal gastou 378,51 por pessoa, com ações de saúde. Levando em consideração a média de gasto estadual em 2008, que foi 98,68 e federal que foi 162,00, no total, foi gasto com cada morador de Frutal 639,19. Se fossemos excluir os gastos com vigilância e dividir os valores de atendimento hospitalar somente entre as pessoas atendidas, e da AB também, esse valor médio subiria. Esses valores podem estar distorcidos porque estado e federação não distribuem investimentos de forma igual entre os municípios, mas na falta de informações exatas... serve pra termos uma ideia (o cumprimento da lei de transparência ajudaria muito nesse tipo de pesquisa).

Estamos longe de gastar 6 mil reais por ano como na Finlândia, ou mesmo 2,5 mil que é a média mundial, mas para os padrões do Brasil, não estamos mal! Pra se ter uma ideia, Frutal gastou praticamente o mesmo que Brasília.

Me chama a atenção é a inversão de valores, a base de tudo que são os atendimentos de prevenção de doenças e promoção de saúde feitos pelas vigilâncias e pela AB, mas recebem pouco dinheiro. Já a atenção hospitalar consome a maior parte do orçamento. É lógico que os procedimentos hospitalares são mais caros, mas se as vigilâncias e a AB fossem valorizadas, menos gente iria parar no hospital. Enfim, governo federal precisa repassar mais verba para a saúde aos municípios, mas o próximo prefeito precisa planejar bem os gastos. Dinheiro não dá em árvore, sai dos impostos pagos pelo eleitor, e nós sabemos que pagamos muito!

Outa informação pra se pensar - juntas, as três rubricas: saúde, educação e administração consomem mais de 80% do orçamento municipal, mas os países com maiores índices de satisfação em saúde não são os que gastam mais com hospitais, são aqueles em que se gastam mais com qualidade de vida...

Pra quem quiser ver o link com os gastos de Frutal com saúde em 2011
http://www.frutal.mg.gov.br/images/stories/relatorio_pca_2011/ANEXO_XV.pdf

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